terça-feira, 25 de novembro de 2014

         QUERIDOS COLEGAS:

        Quem trabalha com Educação Especial sempre ouve dos colegas professores das disciplinas do ensino comum pedindo dicas de como adaptar atividades para seus alunos com Apoio Permanente ou Sala de Recursos. Trago neste blog alumas ideias (que criei, copiei, ou recriei).
        Alunos com o mesmo laudo podem ter grau diferente de comprometimento na aprendizagem. Então irei separar as atividades por ano (série).
          Para saber o que seu aluno consegue alcançar, sugiro:
        - sente ao seu lado na hora atividade (quantas aulas achar necessário) e aplique atividades básicas de anos anteriores de seu conteúdo para verificar o que ele consegue fazer (se lê; se escreve; se interpreta; se conhece os numerais e a sequência numérica; se faz cálculos simples; se desenha; se sabe usar a régua; se sabe usar a tesoura; etc);
       - faça o teste de forma escrita e oral, alguns alunos não conseguem escrever o que pensam mas memorizam bem o que aprenderam.
        Sobre o que os demais alunos irão dizer em relação as atividades diferentes do colega, mantenha um discurso explicativo, onde os colegas saibam das dificuldades do (a) amigo (a) mas deixe claro também suas capacidades.
      Em breve estarás muito bom em fazer as ADAPTAÇÕES CURRICULARES que seu aluno tem direito. Divida suas experiências com seus colegas na escola e também aqui no blog. Com isso ganha você que estará ciente de ter realizado um bom trabalho e ganha o seu aluno que por maior que seja a dificuldade, merece toda a sua dedicação.
    Lembre-se: qualquer ser humano consegue evoluir, mesmo que as vezes essa evolução pareça quase imperceptível.

sábado, 26 de abril de 2014

Formas Criativas Para Estimular a Mente de Alunos Com Deficiência


Fabiane Schwade Januario
De todas as experiências que surgem no caminho de quem trabalha com a inclusão, receber um aluno com deficiência intelectual parece a mais complexa. Para o surdo, os primeiros passos são dados com a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os cegos têm o braile como ferramenta básica e, para os estudantes com limitações físicas, adaptações no ambiente e nos materiais costumam resolver os entraves do dia-a-dia.
Mas por onde começar quando a deficiência é intelectual? Melhor do que se prender a relatórios médicos, os educadores das salas de recurso e das regulares precisam entender que tais diagnósticos são uma pista para descobrir o que interessa: quais obstáculos o aluno enfrentará para aprender - e eles, para ensinar.


Alunos com dificuldade de concentração precisam de espaço organizado, rotina, atividades lógicas e regras. Como a sala de aula tem muitos elementos - colegas, professor, quadro-negro, livros e materiais -, focar o raciocínio fica ainda mais difícil. Por isso, é ideal que as aulas tenham um início prático e instrumentalizado. "Não adianta insistir em falar a mesma coisa várias vezes. Não se trata de reforço. Ele precisa desenvolver a habilidade de prestar atenção com estratégias diferenciadas para, depois, entender o conteúdo", diz Maria Tereza Eglér Mantoan, doutora e docente em Psicologia Educacional da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
 O ponto de partida deve ser algo que mantenha o aluno atento, como jogos de tabuleiro, quebra-cabeça, jogo da memória e imitações de sons ou movimentos do professor ou dos colegas - em Geografia, por exemplo, ele pode exercitar a mente traçando no ar com o dedo o contorno de uma planície, planalto, morro e montanha. Também é importante adequar a proposta à idade e, principalmente, aos assuntos trabalhados em classe. Nesse caso, o estudo das formas geométricas poderia vir acompanhado de uma atividade para encontrar figuras semelhantes que representem o quadrado, o retângulo e o círculo.
A meta é que, sempre que possível e mesmo com um trabalho diferente, o aluno esteja participando do grupo. A tarefa deve começar tão fácil quanto seja necessário para que ele perceba que consegue executá-la, mas sempre com algum desafio. Depois, pode-se aumentar as regras, o número de participantes e a complexidade. "A própria sequência de exercícios parecidos e agradáveis já vai ajudá-lo a aumentar de forma considerável a capacidade de se concentrar", comenta Maria Tereza, da Unicamp.
FONTE: Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/formas-criativas-estimular-mente-deficientes-intelectuais-476406.shtml. Acesso em 24/04/2014.